Pesquisa busca compreender o futuro dos influencers: será que está em declínio?
Alguém já comentou com você sobre aquele “influencer incrível” e, simplesmente, você nunca tinha ouvido falar? Pois é!
Parece que isso vai ficar mais recorrente, pelo menos é o que aponta um estudo que mostra uma significativa pulverização no mercado de influenciadores.
Dados preliminares deste estudo foram apresentados recentemente, durante o Festival 3i no Rio de Janeiro, que está sendo conduzido pela cientista política Camila Rocha, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).
No Brasil, a pesquisa aplicou questionários onde os participantes citaram espontaneamente 701 influenciadores diferentes. Destes, 72,6% foram mencionados APENAS UMA VEZ e apenas 3,7% receberam cinco ou mais menções.
Isso indica uma diversidade ampla de influenciadores, com muitos perfis locais que constroem relações mais próximas com seus seguidores, sinalizando uma grande pulverização dos influs.
Virgínia Fonseca lidera a lista de influenciadores mais citados no Brasil, seguida por Carlinhos Maia, Rayssa Buq, Neymar, Mirella Santos, Mel Maia, Felipe Neto, Whindersson Nunes, Vanessa Lopes e Mari Maria.
Mas isso significa o declínio do mercado?
Pelo contrário! Se por um lado o mercado está mais diluído em diversos influenciadores, isso não significa esteja em declínio. Um relatório do banco Goldman Sachs estima que o mercado de influenciadores digitais no mundo movimentará US$ 480 bilhões até 2027, dobrando de tamanho em relação aos números atuais.
Esse crescimento é impulsionado, principalmente, por influenciadores locais que constroem relações próximas com seus seguidores.
Motivos para seguir (ou não) os influenciadores
As redes sociais preferidas pelos brasileiros participantes da pesquisa são Instagram, WhatsApp e TikTok. Os motivos principais para seguir um influenciador, de acordo com a pesquisa, incluem atitudes coerentes e consistentes e especialidade no conteúdo publicado.
Por outro lado, os pesquisados relatam que deixam de seguir influenciadores quando há discordância de opiniões ou excesso de marketing. A publicidade não é vista negativamente, desde que os produtos sejam de qualidade e não traiam as expectativas dos seguidores.
Além das plataformas preferidas, a pesquisa também revelou que o fandom, termo usado para se referir à comunidade de fãs de uma celebridade, valoriza influenciadores que realizam obras sociais, sorteios e ações em benefício de pessoas menos favorecidas.
Influência na Política
Outro aspecto importante abordado no estudo é a influência política dos influenciadores. Mais da metade dos entrevistados no Brasil segue perfis que se posicionam politicamente, embora muitos prefiram discutir política pessoalmente.
Entre os influenciadores mais citados, destacam-se o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Nikolas Ferreira, enquanto o presidente Luís Inácio Lula da Silva também foi mencionado por uma parte significativa dos entrevistados.
Desafios e Estratégias de engajamento
Para marcas e profissionais de marketing, é preciso entender essa pulverização e a diversidade de influenciadores. As estratégias de engajamento devem considerar a autenticidade e a conexão emocional que os influenciadores locais podem oferecer.
As campanhas precisam ser adaptáveis, focando em influenciadores que se conectem genuinamente com suas audiências, de maneira mais autêntica e personalizada.
Fonte: Agência Brasil
Por: Antônio Netto
Gerente de Planejamento, liderando estratégias de marketing para o varejo. Com vasta experiência, também sou Professor, mestrando em Administração, e consultor em marketing digital, focado em inovação e prática.
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