top of page

TendĂȘncias 2025 da Creator Economy: o que esperar desse mercado?

  • Foto do escritor: Freitas Netto
    Freitas Netto
  • 2 de jan.
  • 7 min de leitura

Atualizado: 17 de jan.



O ano de 2025 começou! E um dos mercados que tendem a crescer ainda mais é o da Creator Economy! Mas vamos com calma, que esse mercado estå bombando, mas entrando em um período de transformação profunda.


Com base em pesquisas, dados, vivĂȘncias profissionais e insights de diversos eventos, a YOUPIX elaborou o Report Vem aĂ­ com as suas tendĂȘncias sobre o Creator Economy para 2025.


Essas tendĂȘncias refletem um mercado em amadurecimento, o que vai exigir maior profissionalismo, diversificação de receitas e integração tecnolĂłgica.


EntĂŁo, vamos explorar os principais dados desse Report e entender o impacto para creators, marcas e agĂȘncias nesse cenĂĄrio para 2025!


Foco na profissionalização do backstage


É o declínio do amadorismo! O improviso, antes comum nesse setor, está sendo substituído por práticas mais estruturadas e profissionais.


SerĂĄ necessĂĄrio uma abordagem mais especializada. Aqueles que estĂŁo nos bastidores, responsĂĄveis pelo planejamento, anĂĄlise e execução, agora precisam dominar habilidades importantes como mensuração de impacto, curadoria de conteĂșdo, gestĂŁo de comunidades e estratĂ©gias de PR.


Essas competĂȘncias se tornaram indispensĂĄveis para atender Ă s expectativas de resultados tangĂ­veis e relevĂąncia cultural das campanhas e comunidades.


Dados da pesquisa indicam que 78% dos próprios creators reconhecem a importùncia da mensuração detalhada de resultados e da gestão de equipes para sustentar sua relevùncia no mercado.


E quais são as habilidades vistas como “indispensáveis” para se atuar de forma mais profissional nesse mercado? 


  • Ser um bom planner/estrategista - 56,84%

  • Entender de redes sociais e se atualizar sempre - 55,94%

  • Entender profundamente de mĂ©tricas e KPIs - 53,53%

  • TĂ©cnicas de mapeamento de influenciadores - 51,58%

  • Negociação e relacionamento - 50,23%

  • Bom conhecimento de marketing digital e comunicação geral - 43,46%

  • Relacionamento bom com influenciadores - 37,59%

  • Ser criativo - 36,24%

  • Ser um bom criador de storytelling - 35,64%

  • Hackear bem tendĂȘncias off e online - 33,83%

  • Leitura de pluralidade e diversidade em comunicação - 26,32%

  • Bom de gerenciamento de crise - 20,15%


Dados: 2ÂȘ edição da pesquisa Carreiras & InfluĂȘncia, realizada pela YOUPIX em parceria com Indique Uma Preta


Profissionalização tambĂ©m no conteĂșdo


Não é de hoje que vemos creators ampliando seu papel criativo, indo além do simples ciclo de receber um briefing, entregar a publi e encerrar o trabalho. 


Esses profissionais assumem mĂșltiplas funçÔes: produzem, atuam, dirigem e, principalmente, investem em cada peça que criam para as marcas. A criatividade, embora essencial, nĂŁo Ă© o Ășnico diferencial – o nĂ­vel de exigĂȘncia subiu, e as marcas estĂŁo reconhecendo o valor de dar liberdade criativa a eles.


Pense no exemplo das campanhas realizadas com a influenciadora Giovanna Ferrarezi: com atores, maquiagem, figurino e cenografia, elas sĂŁo tĂŁo elaboradas que poderiam facilmente estar na TV. Ou atĂ© mesmo da Camila Pudim, com suas super produçÔes de maquiagem. E ainda assim, o custo final pode ser mais competitivo do que o de uma agĂȘncia ou produtora tradicional. 


Com isso, os creators estĂŁo se consolidando como as "novas agĂȘncias" do mercado, e os grandes nomes da publicidade, como os "novos Washingtons Olivettos", vĂȘm desse universo criativo.


Mais estratégia de creators Always On


De acordo com a pesquisa ROI & InfluĂȘncia 2024, realizada em parceria com a Nielsen, 3 em cada 4 dos respondentes planejam aumentar seus investimentos em marketing de influĂȘncia.


O modelo "always on" se consolidou como parte indispensĂĄvel do planejamento estratĂ©gico. Esse movimento Ă© impulsionado diretamente pelo comportamento do consumidor, que revela a influĂȘncia determinante dos creators na decisĂŁo de compra.


Nicho Ă© o negĂłcio!


Na Vidcon deste ano, realizada na Califórnia, EUA, os debates foram além das tradicionais parcerias com marcas (#publipost). Os temas incluíram venture capital, gestão empresarial, criação de produtos e propriedade intelectual.


Um ponto em comum entre muitas empresas que estão atraindo investimentos é a falta de generalidade: elas possuem nichos bem definidos e comunidades específicas (nem sempre pequenas). 


Megan Lightcap, uma importante investidora de Wall Street, destacou que prefere apostar em creators com audiĂȘncias segmentadas em vez de influenciadores de lifestyle, por serem mais consistentes e menos suscetĂ­veis Ă  volatilidade.


Do UGC para o CGC?


O conceito original de UGC, aquele "raiz", se refere ao conteĂșdo gerado pelos usuĂĄrios, organicamente, com ou sem estĂ­mulo direto das marcas. Mas o mercado evoluiu, e com isso, o termo tambĂ©m ganhou um novo significado.


Hoje, UGC Ă© reconhecido mais como uma linguagem do que como um simples conceito: algo menos produzido, mais autĂȘntico, quase como um depoimento sincero, distante do tom polido da publicidade tradicional.


Com o crescimento do nĂșmero de criadores de conteĂșdo, essa linguagem passou a ser nĂŁo apenas incentivada, mas tambĂ©m adquirida, planejada e promovida como um poderoso ativo de mĂ­dia que entrega resultados.


E se o problema Ă© apenas semĂąntico, o mercado jĂĄ encontrou um novo nome: CGC – Creator Generated Content.


Creators e agentes consolidados demonstraram resistĂȘncia ao destaque que o UGC ganhou recentemente, especialmente devido aos cachĂȘs considerados baixos para vĂ­deos criados nesse formato.


No entanto, esse tipo de conteĂșdo nĂŁo Ă© voltado para quem jĂĄ possui outras formas de monetização. O UGC se apresenta como uma oportunidade ideal para iniciantes ou para quem deseja gerar uma renda extra sem precisar se tornar influencer, jĂĄ que nem mesmo seguidores sĂŁo necessĂĄrios para participar desse mercado.


Para 2025, a tendĂȘncia aponta para estratĂ©gias ainda mais organizadas e soluçÔes mais criativas, tanto pelas marcas quanto pelo mercado. 


CadĂȘ o meio de funil?


Em 2024, as marcas radicalizaram suas estratégias, dividindo entre campanhas de awareness (topo de funil) com celebridades, nem sempre eficazes para gerar desejo, e açÔes de fundo de funil com promoçÔes e UGC.


No entanto, a jornada de consideração (meio de funil), que a YOUPIX considera o verdadeiro "pote de ouro" da influĂȘncia, parece ter sido esquecida.


A maior força de uma estratĂ©gia de influĂȘncia na etapa de consideração estĂĄ em agregar contexto Ă  mensagem da marca, posicionando o produto ou serviço de forma autĂȘntica e adaptada Ă  linguagem da comunidade do creator.


Ao eliminar essa camada, as marcas perdem a chance de construir relevùncia e engajamento, essenciais para converter interesse em intenção de compra.


O resultado? Campanhas focadas em awareness, frequentemente com CPMs elevados, e conversÔes que se tornam mais caras e difíceis de alcançar.


Em 2024, muitas empresas entenderam que o que é fåcil de mensurar, como açÔes de topo de funil, nem sempre contribui para construir uma marca sólida.


A tendĂȘncia agora Ă© que elas busquem sair da zona de conforto, engajando-se em conversas jĂĄ existentes e se inserindo em comunidades bem estabelecidas, criando conexĂ”es mais autĂȘnticas e relevantes.


O lance Ă© pertencer


O desejo de pertencimento é um dos impulsos mais profundos do ser humano, alimentando a necessidade de fazer parte de algo maior. Seja em clubes online, fandoms ou servidores no Discord, essas microcomunidades criam conexÔes significativas.


Elas vĂŁo alĂ©m de simples seguidores, os transformando em participantes engajados de uma experiĂȘncia coletiva e compartilhada.


Focar em nichos e acolher seu pĂșblico, em vez de perseguir nĂșmeros superficiais, Ă© a chave para aumentar o engajamento e construir conexĂ”es genuĂ­nas.


O verdadeiro sucesso não estå em alcançar milhÔes, mas em criar impacto significativo entre aqueles que realmente importam.


O Boom dos conteĂșdos “sem rosto” (faceless)


Com o avanço da inteligĂȘncia artificial e das ferramentas de edição sob demanda, surgem cada vez mais formatos focados em conteĂșdos e na monetização atravĂ©s das plataformas digitais. Entre os principais formatos estĂŁo:


  • AnimaçÔes e grĂĄficos: Criadores que produzem vĂ­deos explicativos ou educativos, populares em plataformas como YouTube e TikTok.

  • Tutoriais de tela: VĂ­deos que ensinam o uso de softwares, ediçÔes ou automaçÔes, como tutoriais de Photoshop ou automação no Instagram.

  • ConteĂșdo narrado: Podcasts ou vĂ­deos narrados sem a necessidade de aparecer na cĂąmera.

  • ASMR: VĂ­deos focados em sons relaxantes, muitas vezes com foco em objetos ou mĂŁos, sem exibir o rosto.


Embora perfis "faceless" jå existam hå algum tempo, a facilidade proporcionada pela I.A. deve acelerar ainda mais a criação e a gestão desses perfis, o que os torna cada vez mais acessíveis e lucrativos.


NĂŁo estĂĄ reconhecendo? Basta olhar alguns perfis como o Festa da Firma, Memes Brasil e tantos outros.


De influenciadores a empresĂĄrios


Criadores que conquistaram relevùncia estão assumindo uma mentalidade empresarial. A pesquisa "Creators & Negócios", feita em parceria com a Brunch, mostra que 15% da renda dos criadores jå vem de modelos como marcas próprias e infoprodutos. 


Exemplos como Boca Rosa e Bruna Tavares destacam como criatividade, estratĂ©gia e gestĂŁo se tornaram essenciais para transformar influĂȘncia em negĂłcios sustentĂĄveis.


Muitos tambĂ©m estĂŁo diversificando suas fontes de receita, investindo em educação, startups e produtos. A busca Ă© por maior independĂȘncia de plataformas e contratos publicitĂĄrios.


Mensuração: de prints a provas


Sabe aquela histĂłria de mandar prints de relatĂłrios de alcance e engajamento para provar dados da entrega?


Então
 metodologias robustas e confiáveis são o novo padrão.


O avanço no modelo de mensuração depende de um ponto importante, que estå sob responsabilidade dos creators e seus agentes: a colaboração no compartilhamento de resultados.


Muitas marcas e agĂȘncias jĂĄ estĂŁo inserindo clĂĄusulas contratuais que condicionam a contratação e o pagamento Ă  adesĂŁo a plataformas de monitoramento.


A transparĂȘncia nessa relação estĂĄ se tornando um requisito para empresas comprometidas com a seriedade, elevando o padrĂŁo no mercado e no backstage.


Enfim



Jå deu para perceber que a Creator Economy de 2025 apresenta desafios, mas também oportunidades sem precedentes.


Criadores que abraçam a profissionalização, diversificam suas fontes de renda e adotam pråticas baseadas em dados, com foco em nicho e relevùncia em comunidades estarão melhor posicionados para prosperar.


As marcas, por sua vez, precisam evoluir suas estratégias de colaboração, investindo em parcerias de longo prazo e métricas confiåveis.


Para as agĂȘncias, o papel de facilitadoras e educadoras no ecossistema nunca foi tĂŁo importante.


Que venha 2025!



Por: AntĂŽnio Netto

Gerente de Planejamento, liderando estratĂ©gias de marketing para o varejo. Com vasta experiĂȘncia, tambĂ©m sou Professor, mestrando em Administração, e consultor em marketing digital, focado em inovação e prĂĄtica.


Gostou desse artigo?

Te convido a contribuir mais sobre o assunto!

Compartilhe sua experiĂȘncia ou cases interessantes.

Siga meu perfil e acompanhe outros textos!

bottom of page